Entrevista do Árbitro FIFA (em actividade) Pedro Proença.
O árbitro Pedro Proença deu uma entrevista ao jornal Público (http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1497847) onde tece algumas considerações sobre o futebol, em geral, e a arbitragem, em particular.
Por exemplo:
«Pedro Proença é árbitro de futebol desde 1988-89. Ao longo da carreira, viu o sector passar por uma evolução “muito grande”, mas até aponta a necessidade de se ir mais além. Em entrevista ao PÚBLICO, mostra-se favorável à introdução de meios tecnológicos e defende a profissionalização, assim como uma reforma no processo de observação dos árbitros. Proença admite ainda que há situações menos claras na arbitragem em Portugal, mas sublinha a sua “independência total do futebol”.»
E quando questionado:
«A observação dos árbitros é um procedimento transparente?»
responde:
«Transparente é. Mas está absolutamente obsoleto e ultrapassado. Aquilo que eu preconizava era uma reformulação completa dos quadros dos observadores, e a observação através do vídeo, conjugada com a de campo. É preciso aproximar a realidade das prestações dos árbitros às suas classificações. Se os dirigentes querem defender a verdade desportiva, é preciso investir neste sector.»
«Transparente é. Mas está absolutamente obsoleto e ultrapassado. Aquilo que eu preconizava era uma reformulação completa dos quadros dos observadores, e a observação através do vídeo, conjugada com a de campo. É preciso aproximar a realidade das prestações dos árbitros às suas classificações. Se os dirigentes querem defender a verdade desportiva, é preciso investir neste sector.»
- A forma de observação - humana (em campo) e, nalguns jogos (os que são alvo de reclamação e/ou de visionamento), através do respectivo vídeo?
- A constituição dos respectivos quadros (como refere no plural, admito que se esteja a referir aos quadros da FPF - 1ª e 2ª Categoria) - constituidos por (na sua quase totalidade) ex-árbitros que se candidatam, prestam provas (de promoção e ao longo da época) e são classificados segundo o seu desempenho?
Se por acaso se está a referir ao primeiro ponto, estamos parcialmente de acordo. Aliás, eu próprio propus esse modelo à actual Comissão de Arbitragem da LPFP (aquando das 2ªs provas desta época) - o sistema misto (como a própria FIFA e UEFA).
Mas não tenhamos ilusões: Não há sistemas perfeitos e este também tem as suas desvantagens (para além dos custos inerentes).
E, como facilmente se percebe, o actual sistema de avaliação de desempenho dos árbitros (que já é em si mesmo, parcialmente misto), afinal não está assim tão absolutamente obsoleto e ultrapassado!!!
Se porventura se está a refrir à constituição dos quadros. Bom então aqui estou em perfeito desacordo. Se posso admitir alguns ajustamentos á forma como se processa a sua composição, na essência estou totalmente de acordo com o modelo vigente. A Meritocracia deve prevalecer sempre sobre outros critérios de escolha.
E então sobre este ponto, julgo eu, estamos muito longe de estar absolutamente obsoleto e ultrapassado!!!
Mas é no seio da discussão que, concerteza, obteremos melhores soluções.
Mas é no seio da discussão que, concerteza, obteremos melhores soluções.
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