Por aqui e por ali ...

Por aqui e por ali ...
Presente, num espaço magnífico e num tempo de esperança no futuro!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

ELEIÇÕES AFC

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Segundo o Comunicado Oficial nr 14, de 21/4/2009, foi convocada uma Assembleia Geral (a realizar em 30/5/2009) para eleição dos Corpos Sociais, para o quadriénio 2009/2013.




Estas parecem ser "eleições intercalares" pois, segundo o novo regime jurídico, após a alteração dos estatutos (a FPF está, parece, numa fase mais adiantada) deverá haver obrigatoriamente novas eleições.

Parece portanto que a AFC diverge na estratégia seguida pela FPF. Enquanto esta última mantém em funções o actual elenco directivo, altera e aprova os novos estatutos e depois realiza eleições, a AFC, tudo indica, segue o caminho inverso.





Diria eu que, faz todo o sentido manter em funções (ainda que novamente eleitos) os actuais corpos sociais. Quanto mais não seja porque a época desportiva ainda não acabou.


E só para relembrar: As candidaturas (e naturalmente, os candidatos) estão sujeitos a um conjunto de normas. Ou seja, não é candidato quem quer ...


Fonte: www.afcoimbra.com/portal/page/portal/PORTAL_FUTEBOL/COIMBRA/COIMBRA_ASSOCIACAO/Comunicados_0809

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

ESTATUTOS FPF - III

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SERÁ DESTA????


Transcrevo de seguida uma notícia veiculada hoje no site da FPF:


«"A caminho da modernidade"

Quarta-Feira , 29 Abril 2009


A Direcção da Federação Portuguesa de Futebol enviou a todos os sócios uma proposta de estatutos alterada de acordo com recentes indicações da UEFA e uma proposta de regulamento eleitoral que estipulará a forma como será eleita a nova Assembleia Geral.

Para além das novidades no que diz respeito aos estatutos, nomeadamente a possibilidade dada aos elencos directivos de aprovarem e implementarem novos regulamentos das provas federativas (à semelhança do que acontece com os Comités Executivos da UEFA e da FIFA) a documentação agora remetida aos sócios sugere em detalhe o método de eleição da nova Assembleia Geral do organismo que tutela o futebol português, que deverá ser composta por um máximo de 80 delegados, cada um com direito a um voto.

Assim, caso a proposta seja aprovada, o órgão máximo da Federação será composto da seguinte forma:

1 - 26 delegados por inerência: Presidentes das vinte e duas Associações Distritais ou Regionais de Futebol, da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) e da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).

2 – Até 54 delegados eleitos divididos entre:

I. Até 26 representantes do futebol profissional:

a. Dezanove representando os clubes ou sociedades desportivas participantes nas competições de natureza profissional;
b. Quatro representando os jogadores participantes nas competições de natureza profissional;
c. Dois representando os treinadores participantes nas competições de natureza profissional, e
d. Um representando os árbitros da primeira categoria.

II. Até 28 representantes do futebol não profissional:

e. Oito representando os clubes ou sociedades desportivas participantes nas competições nacionais não profissionais;
f. Seis representando os clubes ou sociedades desportivas participantes nas competições distritais ou regionais;
g. Sete representando os jogadores das competições nacionais não profissionais e das competições distritais ou regionais de futebol masculino, feminino, futsal e futebol de praia;
h. Três representar os treinadores das competições nacionais não profissionais e das competições distritais ou regionais de futebol masculino, feminino, futsal e futebol de praia;
i. Quatro representar os árbitros pertencentes à segunda e terceira categoria do quadro nacional, aos quadros distritais ou regionais, ao quadro nacional feminino e aos quadros do futsal.

A proposta prevê que os delegados representantes do futebol profissional sejam eleitos em sede da Liga e que a escolha dos delegados do futebol não profissional, pela complexidade e diversificação geográfica do processo, tenha início em eleições primárias organizadas pelas Associações Distritais e Regionais de Futebol.

“Tal como tem vindo a ser indicado, as propostas de Estatutos e do Regulamento Eleitoral estão adaptadas às orientações gerais da FIFA e da UEFA e não parecem colidir com o estabelecido no Regime Jurídico das Federações Desportivas. Tem sido um trabalho extremamente complexo, ao qual o nosso Departamento Jurídico e outros funcionários têm dedicado todo o seu esforço e empenho nos últimos meses. Esperamos pois que possamos em conjunto, e dentro dos prazos fixados na lei, levar a “bom porto” esta tarefa., afirmou Gilberto Madaíl.

"Penso que os novos estatutos representam um passo em frente a caminho da modernidade e do desenvolvimento do futebol português. Acredito que a proposta de regulamento eleitoral, para além de respeitar as normas nacionais e internacionais em vigor, assegura a inclusão dos mais variados agentes (alguns dos quais não tinham assento no órgão máximo da FPF) e representa uma visão equilibrada e justa em relação à conjuntura em que vivemos. Prova disto são as eleições primárias dos delegados eleitos para representar o futebol não profissional ou a representação directa de clubes e SAD’s desde o futebol profissional até ao distrital, para além da inclusão de representantes de jogadores, treinadores e árbitros de futebol feminino, futsal e futebol de praia.”, concluiu o Presidente da FPF.

O Departamento Jurídico da FPF promoverá, até ao dia 30 de Maio, uma reunião geral com os sócios, destinada a prestar os esclarecimentos julgados necessários e a receber eventuais propostas de alterações às agora apresentadas.

O prazo estabelecido no Regime Jurídico das Federações Desportivas para a aprovação dos estatutos da FPF termina a 27 de Julho de 2009, prevendo-se a solicitação ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral que seja realizada uma reunião magna destinada à discussão e aprovação dos novos estatutos e código eleitoral até ao dia 4 de Julho de 2009.

Após esta aprovação, eleger-se-ão os delegados que, por seu turno, serão responsáveis pela eleição dos novos órgãos sociais da FPF.»



Fonte: www.fpf.pt/portal/page/portal/PORTAL_FUTEBOL/FEDERACAO/NOTICIA?notid=4898200


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Tantas ...

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E tão belas ....





Fonte: http://edeuscriouamulher.blogs.sapo.pt

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terça-feira, 28 de abril de 2009

Liga Inglesa

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Algumas curiosidades ....






curiosas.
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Guitarra Portuguesa - Lisboa

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Uma peça executada por uma geração mais nova ...




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Guitarra Portuguesa - Lisboa

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Outra peça ...



para mais tarde recordar ...
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Guitarra Portuguesa - Lisboa

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Para os amantes da guitarra portuguesa:




Uma peça da variante de Lisboa.
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segunda-feira, 27 de abril de 2009

AI QUE SAUDADES ...

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Do tempo em que estes "Senhores" da vida Coimbrã, ainda se encontravam entre nós.




O "Taxeira" ...




O "Tato" ....



E os manos ...


Eram tempos extraordinários ... e estudantis.
Boa e rica vida...

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sábado, 25 de abril de 2009

ACONSELHO VIVAMENTE ...

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ATENÇÃO: A AUDIÇÃO CONTINUADA DO SEU CONTEÚDO, PODE CAUSAR GRAVES PROBLEMAS DE SAÚDE: OS OUVIDOS FICAREM VICIADOS EM EXCELENTE MÚSICA!


Recebi o seguinte email:


«Amigo ou amiga:
havia-te enviado um e-mal dando conta do CD+LIVRO que produzo no momento.

A pedido da Universidade, o prazo de participação foi alargado até dia 30 de Abril.

Se quiseres juntar-te aos outros que já compraram e colocaram o seu nome, vai a este site.

Se a tua empresa quiser associar-se ao prestígio da Universidade de Coimbra nesta obra, também pode.

Se puderes ajudar na divulgação, reencaminha esta mensagem. Quem sabe... um amante da guitarra ainda não sabia deste projecto e lhe deste a oportunidade.

DIVULGA E PARTICIPA.

Seja qual for a tua decisão,
AGRADEÇO-A,
na certeza de que
A NOSSA AMIZADE MANTER-SE-Á INOXIDÁVEL.

DIVULGA E PARTICIPA
Grande Abraço!

Paulo Soares (Jójó






O site em questão é: http://www.paulosoares.com


Já tive a oportunidade de me inscrever (e solicitar a inclusão do meu nome, no Livro que acompanha o CD).

Por outro lado, também já ouvi, ainda que numa versão não editada, o conteúdo do CD.






O que vos posso dizer sobre o resultado do que ouvi é que: há muito tempo que não sentia os cabelos dos braços e das pernas a colocarem-se em pé...


Estou a ficar velho e lamechas? Talvez ....


Para quem gosta da guitarra portuguesa e da música genuína de Coimbra:
- Já existem inúmeros imitadores da família Paredes (e uns quantos oportunistas), mas esta viagem a que o CD nos leva é "AQUELA OPORTUNIDADE".

Depois não digam que não vos avisei.
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terça-feira, 21 de abril de 2009

ESTATUTOS FPF - II

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O parto está difícil ....

A adequação dos Estatutos da FPF à nova legislação que regula o sector do desporto em Portugal, está cada vez mais perto ... do nada!

Recordo que a presente época desportiva termina a 30 de JUNHO.

E se até lá, não estiverem revistos e aprovados os novos estatutos, como será com a pretensa "reformulação" dos quadros competitivos (recentemente "aprovada"?) - vulgo, extinção da 3ª divisão nacional????


Mais do mesmo no futebol português ,,,,,

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

ARBITRAGEM - AVALIAÇÃO

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Curioso e interessante.

É, por agora, o que me ocorre dizer para adjectivar o método de nomeação e avaliação da Arbitragem em Portugal, aqui proposto (clicar na frase/link seguinte):


MÉTODO AVALIAÇÃO



Será que vale a pena reflectir sobre ele?
Relembro que a FPF (e as Associações Distritais) se encontra em processo de alteração dos seus Estatutos, onde se prevêm grandes alterações na área da Arbitragem (obrigatoriamente - por força da legislação entretanto publicada e já em vigor).


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JUSTIÇA????

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Assumindo a veracidade da informação veículada (e não possuo nenhuma informação, nem desmentido, em contrário), não posso deixar passar em claro isto (clicar com o rato em cima da pergunta/link seguinte):


JUSTIÇA NO FUTEBOL?????



Apetece perguntar: Será por aqui o caminho?? Chegámos ao "fim da linha"??

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sábado, 11 de abril de 2009

MUDAR DE VIDA

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A propósito do tema "Mudar de Vida" de Carlos Paredes.

Esta foi a primeira peça para guitarra portuguesa que aprendi a executar (não a tocar, porque isso é para músicos, coisa que até hoje ainda não consegui atingir!!!).



Corria o já longínquo ano de 1987 e em simultâneo com a minha situação de Caloiro em Engenharia Electrotécnica na Universidade de Coimbra, decidi inscrever-me na escola de música da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (eu e o António Feijão, mas que depois desistiu e inscreveu-se na Guitarra Clássica - Vulgo Viola).



http://www.tauc.net/

O nosso primeiro professor foi o Dr. Álvaro Aroso, exímio guitarrista. Devo reconhecer que sofreu um pouco com a minha pouca aptidão. Mas sofrer a bom sofrer com o meu ouvido, foi o nosso professor de Solfejo, o Prof. Travassos Cortez. Recordo ainda hoje as pausas forçadas que ele tinha que fazer (para fumar um cigarro) após insistentemente martelar uma nota no piano e me perguntar qual era ....

Esta música foi editada no Álbum de 1971 "Movimento Perpétuo" e foi composta para o filme MUDAR DE VIDA de Paulo Rocha (com Geraldo del Rey, Maria Barroso, Isabel Ruth), Portugal, 1966.
Deu origem a duas versões, uma (que é esta) chamada Mudar de Vida - Tema e uma outra, mais completa, que se chama Mudar de Vida - Musica de fundo.

Podem escutar e ver a música em vários locais, mas também aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=h3-MpibDFSk


(os 1:05m iniciais)


E numa excelente versão em Guitarra Clássica:

http://www.youtube.com/watch?v=VCO6LN5W1eo


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CARLOS PAREDES





Já agora e a propósito de Carlos Paredes, deixo-vos algumas notas sobre a sua vida e obra.

CARLOS PAREDES
(Coimbra, 16 de Fevereiro de 1925 — Lisboa, 23 de Julho de 2004)

Carlos Paredes foi um compositor e guitarrista português. Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Carlos Paredes é um guitarrista que para além das influências dos seus antepassados - pais, avós, tios, todos eles exímios guitarristas de Coimbra - mantém um estilo Coimbrão, a sua guitarra é de Coimbra, e própria afinação. A sua vida em Lisboa marcou-o e inspirou-lhe muitos dos seus temas e composições.




Conhecido como O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.

Filho, neto e bisneto dos famosos guitarristas Artur, Gonçalo Paredes e José Paredes, começou a estudar guitarra portuguesa aos quatro anos com o seu pai, embora a mãe preferisse que o filho se dedicasse ao piano; frequenta o Liceu Passos Manuel, começando também a ter aulas de violino na Academia de Amadores de Música.

Na sua última entrevista, recorda: "Em pequeno, a minha mãe, coitadita, arranjou-me duas professoras de violino e piano. Eram senhoras muito cultas a quem devo a cultura musical que tenho".

Em 1934, muda-se para Lisboa com a família, e abandona o violino para se dedicar, sob a orientação do pai, completamente à guitarra. Carlos Paredes fala com saudades desses tempos: "Neste anos, creio que inventei muita coisa. Criei uma forma de tocar muito própria que é diferente da do meu pai, do meu avô, bisavô e tetratavô".

Carlos Paredes inicia em 1939 uma colaboração regular num programa de Artur Paredes na Emissora Nacional e termina os estudos secundários num colégio particular. Em 1943 faz exame de admissão ao Curso Industrial do Instituto Superior Técnico, que não chegou a concluir e inscreve-se nas aulas de canto da Juventude Musical Portuguesa, tornando-se em 1949 funcionário administrativo do Hospital de São José.




Em 1957 grava o seu primeiro disco, a que chamou simplesmente "Carlos Paredes".

Em 1958, é preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, do qual era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça.
Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!»

Em 1962, é convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”.

Tocou com muitos artistas, incluindo Charlie Haden, Adriano Correia de Oliveira e Carlos do Carmo. Escreveu muitas músicas para filmes e em 1967 gravou o seu primeiro LP "Guitarra Portuguesa". Quando os presos políticos foram libertados depois do 25 de Abril de 1974, eram vistos como heróis. No entanto, Carlos Paredes sempre recusou esse estatuto, dado pelo povo. Sobre o tempo que foi preso nunca gostou muito de comentar. Dizia «que havia pessoas, que sofreram mais do que eu!». Ele é reintegrado no quadro do Hospital de São José e percorre o país, actuando em sessões culturais, musicais e políticas em simultâneo, mantendo sempre uma vida simples, e por incrível que possa parecer, a sua profissão de arquivista de radiografias. Várias compilações de gravações de Carlos Paredes são editadas, estando desde 2003 a sua obra completa reunida numa caixa de oito CDs.

A sua paixão pela guitarra era tanta que, conta que certa vez, a sua guitarra se perdeu numa viagem de avião e ele confessou a um amigo que «pensou em se suicidar».

Uma doença do sistema nervoso central (mielopatia), impediu-o de tocar durante os últimos 11 anos da sua vida. Morreu em 23 de Julho de 2004 na Fundação Lar Nossa Senhora da Saúde em Lisboa, sendo decretado Luto Nacional.





"Quando eu morrer, morre a guitarra também.
O meu pai dizia que, quando morresse, queria que lhe partissem a guitarra e a enterrassem com ele.
Eu desejaria fazer o mesmo.
Se eu tiver de morrer.”


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Paredes

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Ainda sobre Carlos Paredes, escreveu RUI VIEIRA NERY, a propósito do último CD editado pelo musico "Canção para Titi - Os inéditos" - 1993:

Em Julho de 1993, já seriamente afectado pela doença que o havia de imobilizar, Carlos Paredes começou a gravar um novo álbum nos estúdios de Paço d’Arcos da Valentim de Carvalho. Em pelo menos uma das sessões registadas acompanhava-o Fernando Alvim, um velho amigo e o viola notável com quem tinha partilhado o essencial da sua discografia, nas restantes seria a vez de Luísa Amaro, a sua companheira dos últimos anos e nestes também ela um pilar da sua carreira e da sua vida. No estúdio estava Hugo Ribeiro, o mestre incontestado dos técnicos de som portugueses durante décadas.

Carlos Paredes estava entre amigos e entregue mais uma vez a profissionais excelentes.
Ao longo dos sucessivos períodos de gravação efectuados Paredes gravou um total de oito composições novas. Fisicamente debilitado e com plena consciência das limitações que isso acarretava ao domínio técnico absoluto que sempre caracterizara a sua relação com a guitarra, foi multiplicando até à exaustão os takes de cada obra: dez no “Mar Goês”, doze na “Canção para minha Mãe”, quatorze nos “Arcos do Jardim”.

Em alguns casos eram entradas de alguns compassos em breve interrompidas, noutros interpretações integrais logo repetidas por os dedos o terem traído numa passagem rápida menos limpa ou num ornamento menos claro. Por vezes percebe-se que houve uma pausa entre takes para uma audição insatisfeita, noutras ouvimo-lo mergulhar com uma precipitação quase angustiada de uma versão para a seguinte.

Ouvir hoje a sucessão completa destes registos é uma experiência emocional tremenda. Sentimo-nos testemunhas directas de um combate feroz e desesperado de um grande criador com o seu próprio corpo: a respiração, que os microfones captam impiedosamente, é ofegante, e há no som da guitarra uma tensão por vezes violenta, como se Paredes quisesse compensar com verdadeira raiva a firmeza que as mãos insistiam em negar-lhe. Mas ao mesmo tempo é fascinante constatar como este combate desigual vai sendo ganho a pulso e como de versão para versão os dedos vão respondendo melhor, as frases se vão lançando, as obras ganham corpo e se afirmam em toda a sua inspiração. Há casos em que ao longo deste processo a própria composição foi evoluindo, com alterações mais ou menos significativas na estrutura de cada peça, desde realinhamentos na sequência das respectivas secções a um crescente amadurecimento do desenho melódico e até mesmo a mudanças de tonalidade.

Carlos Paredes não pôde já terminar este álbum, onde em circunstâncias normais as oito peças gravadas poderiam sem dúvida ser ainda objecto de novas transformações, no plano criativo, à procura da sua forma definitiva, e de novas versões, no plano interpretativo, em busca de uma segurança técnica superior. Por outro lado, é de admitir que outras composições inéditas se juntassem progressivamente às já gravadas.

Quando as gravações terminaram, estava-se, pois, assumidamente, perante um trabalho incompleto, em termos tanto da sua dimensão última como do seu próprio processo de maturação, e sobretudo perante um trabalho produzido em circunstâncias de evidente limitação física do seu protagonista face à sua plena forma anterior. Nestas condições, a decisão de o editar ou não revestia-se de um melindre artístico e ético tanto maior quanto o autor não a podia já tomar ele próprio.

Passados os anos, e confirmada a trágica irreversibilidade do estado de saúde de Carlos Paredes, impunha-se uma decisão, e foi então que Luísa Amaro, que se considerava demasiado envolvida afectivamente para ter sobre este dilema a necessária distanciação crítica, e o editor David Ferreira, que desde o início sobrepôs a qualquer interesse de ordem comercial a avaliação do mérito artístico intrínseco do projecto, acabaram por decidir, para minha grande surpresa, pedir-me uma opinião profissional independente sobre a matéria e confiar-me uma cópia integral do conjunto do material gravado.

Foi com verdadeira angústia – confesso – que me preparei para ouvir as gravações, temendo o pior. Para lá de ter construído durante anos com Carlos Paredes uma relação pessoal que sem ser propriamente de intimidade foi sempre extremamente cordial e mesmo de grande partilha artística, com longas e estimulantes conversas sobre todos os tipos de Música, do repertório clássico e romântico ao Manerismo e ao Barroco musicais e destes ao universo do fado de Lisboa e de Coimbra, tenho desde que me conheço uma admiração sem limites por Carlos Paredes,

considero a sua discografia uma referência decisiva da Música e da Cultura portuguesas do século XX, em qualquer género, e lembrava-me ainda muito bem de o ouvir ao vivo, fascinado, no auge da sua carreira, mas recordava-me igualmente da fragilidade progressiva a que fora assistindo em algumas das suas derradeiras apresentações públicas. Não era essa a imagem final que quereria ver perpetuada em disco de um músico de semelhante estatura.

Da experiência da audição concentrada e seguida de todo o material disponível, dos takes interrompidos às sucessivas versões integrais de cada peça, depressa me ficou, contudo, uma sensação de enorme felicidade. Apesar da luta desesperada evidente que Carlos Paredes travava
consigo próprio naquelas sessões de 1993 e das limitações técnicas incontornáveis a que a doença já então o submetia, a sua Música impunha-se com uma força verdadeiramente mágica logo a partir dos primeiros compassos – pujante de inspiração e de rasgo, deslumbrante no seu lirismo inconfundível. Lá estava aquele impulso rítmico único, partindo das anacrusas iniciais suspensas no tempo para depois se despenharem no seu tempo forte de resolução e lançarem a partir daí frases longas e ondulantes, sempre ao sabor de uma dicção musical perfeita. Lá estavam aquelas tonalidades menores carregadas de melancolia, salpicadas aqui e além de traços modais e de passagens cromáticas que tornavam o desenrolar da melodia num mistério sempre imprevisível. Lá estava, mesmo que agora por vezes transformado num grito de pássaro ferido, aquele som intenso, vibrado, plangente, e lá estava até, aqui e além, ainda que dramatizado pelo esforço transparecente, um virtuosismo ocasional ainda surpreendente na sua musicalidade inteligente.

Como sucede frequentemente com as suas obras anteriores, as oito peças que Paredes aqui deixou gravadas têm uma estrutura flexível em forma de arco, com os sucessivos temas a encadearem-se uns nos outros, dentro de cada uma delas, de forma muito livre, como numa rapsódia, ou a disporem-se segundo esquemas de repetição simples. Em vários casos havia para cada obra, de entre as diversas versões registadas, pelo menos uma onde os problemas técnicos ocasionais dos takes anteriores tinham sido completamente ultrapassados e que podia, por isso mesmo, ser reproduzida integralmente no seu estado original. Nos outros casos, a própria natureza seccional das peças tornava fácil a montagem de uma versão final a partir de dois – ou no máximo de três – dos takes realizados, sem que essa montagem elementar implicasse qualquer manipulação excessiva de estúdio. Uma vez decidida a edição viria esse a ser o trabalho – excelente, de resto – de Luísa Amaro e do produtor Paulo Junqueiro.

Ouço agora mais uma vez o resultado final deste trabalho, livre das versões iniciais que constituem um documento humano fascinante mas que de algum modo obscurecem o grau de perfeição possível corporizado nesse resultado. Ao fazê-lo regressa-me insistentemente a ideia de que Carlos Paredes, plenamente ciente, já então, da gravidade do seu estado de saúde geral e sobretudo das dificuldades técnicas com que se debatia, não poderá por certo ter deixado de sentir que estas seriam muito provavelmente as suas últimas gravações. Nessa perspectiva é de sublinhar muito em particular a maneira como esta Música, privada de um virtuosismo que pudesse valer por si para lá de qualquer outra lógica de construção musical, se depura de tudo o que não é essencial para assentar apenas numa inspiração concentrada onde nada é acessório. E chama-nos também a atenção o modo como Paredes parece regressar aqui a um universo que é o das suas reminiscências de infância, evocando as figuras tutelares da Mãe e da Tia, os espaços familiares da Coimbra da sua meninice, e mesmo, de alguma forma, os sons tradicionais das baladas de Artur e Gonçalo Paredes, seu Pai e seu Avô, tudo isto com um olhar melancólico mas cheio de serenidade que nem a tensão dolorosa que marca alguns momentos da sua execução consegue perturbar.

Por tudo isto seria imperdoável que o que constitui verdadeiramente o testamento musical de Carlos Paredes não saísse a público, como documento artístico e humano de uma força emocional rara, para nos dar esta visão final que fecha o círculo de um meio século de carreira.

Uma carreira que nos ajudou como poucas neste século a reencontrarmo-nos connosco próprios e com a nossa identidade de portugueses.


RUI VIEIRA NERY
Universidade de Évora


Fonte: http://cvc.instituto-camoes.pt/disco/68/carlosparedes03.html
http://www.attambur.com/OutrosSons/Portugal/carlos_paredes_cancoes_para_titi.htm
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Outros sites a visitar:

http://www.artistas-espectaculos.com/discos/pt/carlos+paredes.htm
http://guitarrasdecoimbra.blogspot.com/2008/03/carlos-paredes.html
http://aguitarraportuguesa.no.sapo.pt/
http://www.ruadebaixo.com/carlos-paredes.html
http://www1.uni-hamburg.de/clpic/tematicos/musica/aci/paredes_carlos.html

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

NAF SOURE

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Devo penitenciar-me perante os meus "consócios" do NAF de Soure. Não me esqueci de "nós", mas devo reconhecer que não fui suficientemente diligente. O meu pedido de desculpas.

De todas as formas, mais vale tarde do que nunca. Por isso, façam todos o favor de ir visitando o blog no endereço:

http://nafsoure.blogspot.com/






E claro, contribuir com ideias e/ou sugestões.
A malta agradece.


Entretanto, englobado no programa das actividades comemorativas do VIII aniversário, vai decorrer amanhã, dia 9/4/2009, pelas 21h30m, no auditório da biblioteca de Soure, uma conversa que se prevê animada e bastante interessante.





Os convidados pertencem à "nata" da Arbitragem de Coimbra, nas várias vertentes do Futebol de 11 - Árbitro, Árbitro Assistente e Observador (todos ao serviço da LPFP).

A coisa promete ...
Façam o favor de aparecer.

Mais informações em http://nafsoure.blogspot.com/
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FUTEBOL DE CAUSAS

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A Câmara Municipal de Coimbra, departamento de cultura, convida todos os interessados para assistirem

À Conversa com... TEMA:
  • "Futebol de Causas" - Quarta-feira (8/4/2009), às 18h00, na Casa da Cultura (Biblioteca).‏





A entrada é gratuíta, julgo eu.


Fonte: Convite enviado pela www.cm-coimbra.pt
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sábado, 4 de abril de 2009

BELEZA

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Falando de coisas mais alegres.

... E Deus criou o Mundo .... e a Mulher!!!!



E veio o Diabo .... que criou a tentação ... e o pecado!!!


Fonte: http://antonioboronha.blogspot.com

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TESTE AFC

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Pergunta do último teste intercalar sobre as leis e regulamentos de arbitragem, dirigido a OBSERVADORES de Árbitros de Futebol de 11, do Quadro Distrital do CA de COIMBRA, realizado no dia 3/4/2009:


- Quais os apetrechos do 4º Árbitro?


Há por aí alguém que queira comentar?
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quinta-feira, 2 de abril de 2009

PARAFRASEANDO

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Parafraseando o Professor Manuel Sérgio (Professor Catedrático da área do desporto, da FMH/UTL) que disse um dia «Quem só sabe de futebol, não sabe nada de futebol», tomo a liberdade de dizer:

Quem só sabe de arbitragem, nada sabe de arbitragem.

Até porque um bom técnico de arbitragem, não é necessariamente um bom dirigente.
Mas também não me é difícil admitir que o inverso possa ser igualmente verdadeiro.

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